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Ministro da Saúde anuncia para Julho a introdução da vacina contra a malária em Moçambique

Com um registo de cerca de 3.1 milhões de casos no primeiro trimestre do presente ano, contra cerca de 4 milhões, em 2023, o que representa uma redução de casos na ordem de 21 por cento e, ainda registo de 110 óbitos nos hospitais, contra 102 óbitos em igual período do ano passado, 50 por cento dos quais ocorridos nas províncias de Cabo Delgado e Nampula, Moçambique, com o apoio da Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (Gavi), prepara-se para introduzir, em Julho próximo, a vacina que previne esta doença.

Trata-se da vacina R21/Matrix-M, segundo imunizante contra a malária para crianças, desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e aprovada em Outubro do ano passado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Zambézia é a primeira província a ser abrangida, devendo serem vacinadas pouco mais de 600 mil crianças menores de cinco anos, seguindo-se depois as restantes províncias, no próximo ano.

Esta vacina é uma nova ferramenta de prevenção da malária que juntar-se-á às actualmente em uso, buscando reduzir o peso da doença, através da redução para metade, até 2026, a mortalidade hospitalar por malária e eliminar a transmissão local da doença até 2030 em 20 distritos do país.

A  boa nova foi tornada pública por Sua Excelência Prof. Doutor Armindo Daniele Tiago, Ministro da Saúde, na Província de Maputo, durante a cerimónia alusiva ao Dia Mundial de Luta contra a Malária, que se assinala esta Quinta-feira, 25 de Abril, que foi marcado pelo lançamento oficial da Estratégia Nacional de Mudança Social e de Comportamento para Malária 2024-2030.

“Este documento orientador está alinhado com oObjectivo Estratégico número 4 do Plano Estratégico da Malária 2023-2030, que visa assegurar o acesso à informação sobre malária, de modo que, 85% de pessoas procurem cuidados de saúde atempadamente, aceitem e usem correctamente os métodos de prevenção da malária, até 2030”, referiu Armindo Tiago.

Centrada na capacitação das comunidades com as habilidades necessárias para prevenir a malária, fortalecendo a comunicação interpessoal e aconselhamento; elevação da consciência da comunidade para a prevenção e tratamento da malária e; promoção dos comportamentos desejados dos indivíduos, mantendo altos níveis de conhecimento sobre as intervenções de controlo e eliminação da malária assim como adesão as mesmas, esta estratégia, segundo o Ministro da Saúde, com o seu lançamento, estão criadas as bases necessárias para que as intervenções em curso tenham o devido impacto.

Entre as intervenções já em curso, contam-se a introdução de redes mosquiteiras de nova geração em todo o país, tendo, em 2023, sido distribuídas cerca de 18 milhões destes artefactos nas consultas pré-natais e nas comunidades através de campanhas; a introdução da Quimioprevenção Sazonal da malária iniciada na província de Nampula e que este ano será expandida para província de Niassa e a Quimioprevenção Perenal da Malária iniciada na província de Sofala e que será expandida para as províncias de Cabo Delgado, Zambézia, Tete, Gaza e Inhambane.

Este ano, o Dia Mundial de Luta Contra a Malaria tem como lema “Promover o acesso aos serviços de saúde, equidade de gênero e direitos humanos para acabar com a Malária”. O evento que assinalou a efeméride contou com as participações da Secretária de Estado na Província de Maputo, Presidente do Município da Matola, Representante da OMS, Membros do Comité Técnico Consultivo da Malária, Parceiros de Cooperação, quadros do Ministério da Saúde, Representantes de Organizações da Sociedade Civil entre outros convidados.

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