O anúncio foi feito esta segunda-feira, 26 de abril, em Maputo, pela Associação para o Fundo da Malária, durante a I Conferência Nacional de Doadores para a Luta Contra a Malária em Moçambique, evento que esteve associado ao Dia Mundial de Luta contra a Malária, assinalado no último domingo, 25.

O valor resulta de doações feitas por entidades empresarias que operam no país, que acederem aos apelos da Associação para o Fundo da Malária, criada para mobilizar recursos para apoiar o governo, através do sector da saúde, no combate a esta doença.

Discursando na ocasião, o Primeiro-Ministro de Moçambique, Carlos Agostinho do Rosário, que dirigiu a cerimónia alusiva ao 25 de abril, enalteceu a iniciativa que culminou com a arrecadação do montante anunciado, tendo apelado para que mais contribuições sejam feitas, de modo que o país possa continuar a desencadear acções que visem a eradicação da malária, que continua a ser um problema de saúde pública e, a representar uma das principais causas de mortes em Moçambique.

O governante apontou algumas medidas de prevenção da malária, com destaque para a massificação do uso das redes mosquiteiras no seio das comunidades e o saneamento do meio.

O Ministro da Saúde, Armindo Tiago, por seu turno, disse que a celebração, este ano, do Dia Mundial de Luta contra a Malária, que tem como lema “Zero Malária- Estabeleça o Limite na Luta contra a Malária”, remete ao sector que dirige, a responsabilidade de estabelecer um limite, um prazo na luta contra a malaria, observando que o limite do MISAU é reduzir gradualmente a transmissão, reduzir o número de casos e óbitos resultantes desta doença no país.

Trata-se de um documento que, entre vários objectivos, promove a gestão eficaz e o suporte psicossocial das pessoas vivendo com HIV e os seus familiares afectados e, procura garantir que todas as Unidades Sanitárias com serviços de tratamento antiretroviral (TARV) tenham disponíveis os serviços de apoio psicossocial.

A directriz foi lançada esta Sexta-feira, 23 de Abril de 2021, em Maputo, numa cerimónia dirigida pelo Ministro da Saúde, Armindo Tiago.

Na ocasião, Armindo Tiago destacou a importância e o contributo do documento para o controlo da doença referindo que, independentemente da doença (seja HIV/SIDA, Covid-19 ou outra) e do interveniente (paciente ou profissional de saúde), o apoio psicossocial é fundamental. 

Falando em concreto dos pacientes que vivem com HIV/SIDA, Armindo Tiago afirmou que estes, tendo apoio psicossocial e aconselhamento periódico, podem facilmente aderir aos cuidados de saúde e serviços relacionados com a doença, ao tratamento e, também a superar dificuldades ou barreiras psicológicas e sociais nas suas vidas.

O dirigente afirmou ainda que os desafios decorrentes dos factores psicossociais, responsáveis por afectar a retenção e a adesão permanente dos pacientes em tratamento antiretroviral (TARV), desperta para a necessidade de inclusão de estratégias de apoio a estes doentes, de modo a que se adaptem a uma nova forma de viver a partir do momento em que têm o diagnóstico positivo do HIV e se reconheçam como agentes principais da sua própria saúde.

Ainda na sua intervenção, o ministro da saúde, sustentando-se de dados de Dezembro de 2020 sobre o HIV/SIDA, referiu que Moçambique continua a ser um dos países com maior taxa de prevalência na África Austral. Para Tiago, este cenário deve chamar atenção de todos, pois mostra que há uma necessidade imperiosa de continuar a trabalhar para que as pessoas vivendo com HIV sejam diagnosticadas, iniciem e mantenham-se em tratamento, de modo a que epidemia seja controlada.

A segunda edição da “Directriz de Apoio Psicossocial nos Cuidados e Tratamento do HIV”, lançada pelo Ministério da Saúde, foi apresentada ao público pela Chefe do Programa Nacional de Combate ao (ITS) HIV SIDA, Aleny Couto, numa cerimónia que contou com as presenças do representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Moçambique, Joaquim Sanweca, da representante do PEPFAR, da sociedade civil, quadros do MISAU e demais individualidades que compactuaram com a importância e o contributo do documento para o controlo da doença.

Documento disponível em MISAU PNC ITS HIV/SIDA: Directrizes Nacionais

MISAU-DCI

As medidas foram tornadas públicas na tarde desta Quinta-feira, 22 de Abril, em Conferência de Imprensa realizada pelo Ministério da Saúde (MISAU) e as mesmas entram em vigor a partir de amanhã, Sexta-feira, 23, em todo país.

Graça Matsinhe, Chefe do Programa Alargado de Vacinação (PAV), no MISAU, que fez o anúncio, justificou a decisão, pelas "especificidades e a demanda das pessoas dos grupos-alvo nas diferentes províncias, cidades e distritos do país".

De acordo com o Plano Nacional de Vacinação, que prevê imunização de 16 milhões de cidadãos nacionais, o país espera vacinar, na 2ª Fase, que iniciou na Segunda-feira, 19 de Abril, 216.771 pessoas.

Entretanto, até ontem, Quarta-feira, 21, detalhou a responsável do PAV, "já haviam recebido a 1ª dose da vacina nos primeiros três dias desta Fase, um total de 29.852 pessoas".

Matsinhe revelou ainda que dentre os vacinados, "dois grupos-alvo se destacam, nomeadamente o de estudantes finalistas dos cursos de Saúde e de reclusos e funcionários prisionais, que vacinaram 3.748 e 12.265 pessoas, respectivamente, correspondendo a 49 e 44 % do total de 7.709 e 28.169 previstos".

É assim que, do balanço feito na Quarta-feira, 21 de Abril, em relação ao decurso deste processo, o Ministério da Saúde reconheceu a necessidade de alargar os grupos-alvo assim como decidiu não condicionar a administração da vacina a uma data específica de acordo com o grupo-alvo.

Deste modo, avançou Graça Matsinhe, a partir de amanhã, Sexta-feira, 23 de Abril até o dia 1 de Maio, em todo o território nacional, o processo de vacinação passa a decorrer nas seguintes circunstâncias:

1. Todos os doentes com diabetes mellitus, que tenham idade igual ou superior a 18 anos podem vacinar contra a COVID-19. Para o efeito, terão de ser portadores de um documento de identificação de doente e comprovativo de doença e se dirigir à Unidade Sanitária onde fazem as consultas. A anterior orientação, lembre-se, era no sentido da vacinação abranger apenas doentes com diabetes mellitus com idade igual ou superior a 60 anos;

2. Os doentes que são assistidos nas clinicas privadas, deverão dirigir-se à Unidade Sanitária mais próxima e levar consigo os documentos referidos no ponto anterior;

3. A vacinação das pessoas que fazem parte dos grupos-alvo abrangidos nesta 2ª Fase passa a decorrer todos os dias e;

4. O grupo-alvo constituído por doentes em terapia imunossupressora passa a incluir os doentes com cancro, artrite reumatoide, doenças inflamatórias intestinais, lúpus eritematoso sistémico, entre outros. Isto é, as pessoas que sofram por estas enfermidades devem dirigir-se aos postos de vacinação, igualmente apresentando um documento de identificação de doente.

A Chefe do Programa Alargado de Vacinação voltou a lembrar que