Moçambique recebeu na manhã desta quarta-feira, 30 de junho de 2021, em cerimónia havida no Aeroporto Internacional de Maputo e dirigida pelo Ministro da Saúde, Armindo Tiago, mais 500 mil doses de vacina contra a Covid-19.

Trata-se da Vacina Verocell (SARS-CoV-2) e a mesma resulta de uma aquisição feita pelo sector privado, através da iniciativa Unidos pela vacina contra a Covid-19 (UNIVAX) e visa imunizar os colaboradores das 318 empresas privadas inseridas neste mecanismo.

Osório Lucas, PCA da Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC), que falou na qualidade de representante das empresas que participaram na iniciativa UNIVAX, disse que foi por reconhecer que o combate à Covid-19 é dever de todos, que as mesmas e, em coordenação com o Governo de Moçambique se decidiram pela aquisição dos imunizantes, para a sua massa laboral,que é parte importante da força-motriz da economia nacional.

Lucas fez uso da ocasião para também revelar que do lote de 500 mil doses de vacina adquiridas pelo sector privado, um total de 189 mil doses serão oferecidas ao Ministério da Saúde.

O Ministro da Saúde destacou a iniciativa do sector privado, afirmando que com as doses que hoje chegaram ao País, será possível imunizar até cerca de 240 mil pessoas.

Esta aquisição do sector privado, que vai permitir a imunização dos seus colaboradores, joga um papel importante no Plano Nacional de Vacinação. Para além de acelerar a sua implementação, permite que as unidades produtivas, muitas das quais susceptíveis de maior propagação da Covid-19, dados os aglomerados nos seus processos de produção, possam ter a sua massa laboral protegida de desenvolver doença grave e morte por esta doença e, por essa via, assegurar-se a protecção das unidades produtivas, das quais não só depende a nossa economia, mas também, o funcionamento de outros sectores vitais da sociedade”, referiu o ministro.

As 500 mil doses de vacina chegam numa altura em que o País está a registar um aumento de casos, internamentos e óbitos devido à Cocid-19,razão pela qual, Armindo Tiago manifesta acreditar que com o rápido processo de vacinação poderão ser salvas mais vidas e ainda se evitar o colapso do Sistema Nacional de Saúde, daí ter lançado um apelo a todos trabalhadores abrangidos nesta aquisição, para que adiram ao processo de vacinação, lembrando que a vacinação contra a Covid-19 deve ser um privilégio dado a todos os cidadãos elegíveis.

Mais 1.5 milhão de doses de vacina contra a COVID-19 chegam ao país dentro de dias

Donativos diversos, constituídos por Equipamentos de Protecção Individual (EPI’s), materiais médicos/clínicos entre outros, foram entregues ao Ministério da Saúde (MISAU), esta quarta-feira, 02 de Junho de 2021, pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Trata-se, no que diz respeito aos EPI’s, de 4.700 Batas descartáveis, 10 mil Máscaras Cirúrgicas, 20 mil Luvas de examinação, 5.440 Óculos de Protecção e 12 mil Sacos para lixo de risco biológico.

Entre os materiais médicos/clínicos, contam-se 20 Ventiladores de UTI para uso adulto e pediátrico com os seus respectivos acessórios e consumíveis, 32 Aparelhos BIPAP (que funcionam como um respiradores mecânicos no tratamento de doenças pulmonares), 6 mil Máscaras de Oxigénio com reservatório adulto, 1.400 Máscaras de Oxigénio com reservatório pediátricas, 12 Cânulas Nasais de alto Fluxo; 25 mil Kits de extracção Qiagene, 9.884 High Throughput PCR (Ensaio qualitativo Roche cobas SARS-CoV-2 incluindo kits de extracção e testes PCR), 28 mil Kit’s de reacção RT-PCR (kit RT-PCR fluorescente em tempo real BGI), incluindo kits de colheita de amostras, consumíveis, kits de extração e Testes PCR, 40 mil Zaragatoas e Meio de Transporte Viral.

Falando a propósito da recepção do donativo conjunto, o ministro da Saúde, Armindo Tiago, enalteceu a acção do BAD e da OMS, considerando que os meios doados contribuirão para uma melhor preparação e resposta aos eventuais efeitos de uma terceira vaga da Covid-19.

O Ministério da Saúde (MISAU) e o Conselho Nacional de Combate ao SIDA (CNCS) lançaram, a 31 de Maio, na cidade de Maputo, o segundo estudo sobre o índice de estigma de pessoas vivendo com HIV em Moçambique, para colmatar a falta de dados actualizados e consistentes.

A pesquisa, enquadrada nos esforços do Governo para, primeiro, apoiar as comparações entre cenários ao longo do tempo e, segundo, avaliar o impacto histórico, presente e/ou futuro das intervenções de mitigação do estigma contra Pessoas vivendo com o HIV (PVHIV), vai abranger a capital do país e as províncias de Maputo, Gaza, Cabo Delgado, Nampula, Zambézia e Sofala, de Junho a Dezembro deste ano.

O público-alvo são as populações-chave, nomeadamente as mulheres trabalhadoras de sexo, os homens que fazem sexo com outros homens, as pessoas que injectam drogas, os reclusos e transgéneros.

No lançamento do estudo, o Ministro da Saúde, Armindo Tiago, disse estar convicto de que os resultados irão contribuir para o estabelecimento de políticas e estratégias baseadas em evidências e, com base neles, se possa reduzir as novas infecções pelo HIV, mortes e melhorar o bem-estar das PVHIV e as populações-chave.

Segundo o governante, para consolidar os ganhos do país na luta contra o HIV/SIDA, todos são chamados a contribuir considerando o V Plano Estratégico Nacional de Resposta ao HIV e SIDA (PEN V 2021-2025).