Assinalou-se a 17 de Novembro, o Dia Mundial da Prematuridade, numa altura em que o país regista cerca de 22 mil partos prematuros por ano. Para inverter o cenário, o sector da saúde vai expandir a capacidade de cobertura dos partos institucionais e administrar intervenções médicas capazes de acelerar a maturação pulmonar, reduzindo desta forma os partos prematuros.

Não obstante a realidade actual, uma boa parte dos episódios relativos a prematuridade pode ser prevenida. A prevenção poderá ser efectiva se as mulheres grávidas forem as unidades sanitárias a tempo, para beneficiarem de um conjunto de intervenções que as unidades sanitárias oferecem. A título de exemplo, uma simples deslocação a uma unidade sanitária para receber uma rede mosquiteira que vai prevenir a infecção por malária, constitui uma intervenção muito importante que pode reduzir o risco de parto prematuro.

 

Em termos estatísticos, a capacidade de cobertura dos partos institucionais no país é de cerca de 70%, existindo cerca de 30% de partos a acontecem fora das maternidades.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, anualmente nascem cerca de 15 milhões de bebés antes de completarem a 37ª semana de gestação (prematuros), dos quais um milhão morre a cada ano por causa das complicações da prematuridade. Em Moçambique, as crianças menores de 5 anos, correspondem a 17% da população total e a atenção contínua a este grupo alvo mantém-se como um dos maiores desafios dos serviços de saúde.

As cerimónias centrais do Dia do Prematuro, tiveram lugar em Xai-Xai, província de Gaza, no último sábado, dia 19, onde para além da oferta de enxovais a bebés prematuros, houve feiras de Saúde, campanhas de sensibilização para a prevenção de partos prematuros, entre outras acções. Estas actividades repetiram-se em todo o país.